Violência no Congo força 500 mil pessoas a deixarem suas casas
Grupo rebelde tomou tomou grande parte da cidade de Goma
Por Revista Formosa
Mais de 500 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas em janeiro devido aos intensos combates no leste da República Democrática do Congo (RDC). A informação foi divulgada pela ministra das Relações Exteriores congolesa, Therese Kayikwamba Wagner, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira (28).
Os deslocamentos ocorrem nas províncias de Kivu do Norte e do Sul, onde o grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, tomou grande parte da cidade de Goma na segunda-feira (27). A cidade é a capital de Kivu do Norte e um dos principais centros urbanos da região.
Diante da escalada da violência, a missão de paz da ONU na RDC (MONUSCO) pediu uma resposta internacional urgente.
– A situação em Goma exige uma ação coordenada – alertou Vivian van de Perre, representante da ONU, ao Conselho de Segurança.
Os ataques rebeldes agravam a crise humanitária, deixando mortos, feridos e milhares de deslocados. Segundo a ONU, muitos buscaram abrigo nas bases da MONUSCO, fugindo da violência que se espalha pela cidade.
O governo dos Estados Unidos expressou preocupação com o avanço dos rebeldes. Em um telefonema ao presidente de Ruanda, Paul Kagame, o secretário de Estado Marco Rubio pediu um cessar-fogo imediato e o respeito à soberania do Congo.
A cidade de Goma está em uma região rica em recursos naturais e há anos é alvo de conflitos entre o M23 e o governo congolês. O grupo rebelde luta pelo controle da área e de suas riquezas minerais.
De acordo com a União Europeia, o número total de deslocados internos na RDC já ultrapassa 7 milhões, tornando a crise uma das mais graves do continente africano. As informações são da Reuters.
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