Renan Calheiros enganou o STF sobre dados sigilosos, diz Ricardo Barros
O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) publicou na manhã desta terça-feira (31) em seu Twitter que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) teria enganado a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia ao dizer que a CPI da Pandemia não acessou os dados do parlamentar no sistema. Segundo o deputado, um ofício da CPI corrigindo a informação aponta que os servidores Weiller Diniz de Oliveira e Izabelle Torres Azevedo acessaram o relatório do Coaf horas antes da publicação na imprensa. Os dois servidores estão lotados no gabinete de Renan Calheiros
De acordo com a assessoria de Ricardo Barros, "momentos antes de vazar à imprensa, só o gabinete de Renan Calheiros teve acesso a dados sigilosos de Ricardo Barros".
O ofício encaminhado pela CPI ao STF na noite dessa segunda-feira (30), com a listagem das pessoas que acessaram o documento do Coaf, retifica o documento de sábado (28) que afirmava que ninguém tinha acessado os dados no sistema.
A CPI admitiu que errou ao informar que ninguém acessou dados de Ricardo Barros, já que servidores lotados no gabinete do relator da CPI "entraram na ferramenta digital pelo menos 15 vezes antes da publicação na imprensa".
Um documento encaminhado pela CPI ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta os logins que acessaram o relatório do Coaf produzido especialmente para a CPI pelo sistema do Senado .
As informações do documento sigiloso embasaram uma reportagem publicada no portal R7 no dia 26 de agosto.
A defesa do deputado Ricardo Barros informou que "já solicitou providências ao STF para a responsabilização do ato criminoso de vazamento de documentos sigilosos", pois a informação teria influenciado nas decisões da ministra do STF.
Os gabinetes do senador Renan Calheiros e da ministra Cármen Lúcia foram procurados para falar sobre as acusações, mas até a publicação dessa reportagem não se manifestaram.
Com Informações Terca Livre