Inflação: Alta de alimentos foi mais forte para as famílias pobres

20/01/2025

Por Revista Formosa

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que a inflação avançou entre quase todas as faixas de renda em dezembro de 2024, em comparação com novembro. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (16/1).

As altas dos grupos Alimentação e Bebidas e Transportes exerceram maior impacto nas famílias mais pobres. A inflação das famílias de renda muito baixa passou de 0,26% (em novembro) para 0,48% em dezembro.

Como a inflação se comportou em 2024:
▪️ O IPCA acumulado do ano passado foi de 4,83%.
▪️ A alimentação (7,69%) teve o maior impacto na alta do índice. No ano passado, a alta nos preços de alimentos ocorreu devido à seca que prejudicou as lavouras.
▪️ A meta da inflação para 2024 era de 3% com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto).
▪️ O Brasil teve deflação apenas em agosto, quando o IPCA registrou recuo de -0,02%.
Segundo o Ipea, a inflação apenas não cresceu para as famílias com renda alta. O índice recuou de 0,66% (novembro) para 0,55% (dezembro) na passagem de um mês para o outro.

No acumulado de 2024, as famílias mais pobres registraram a maior alta inflacionária (5%) entre todas as faixas de renda, enquanto as famílias mais ricas tiveram a menos elevada (4,4%).

A pesquisa ainda indica que, na comparação de 2024 com 2023, a inflação acelerou para as quatros primeiras faixas de renda (muito baixa; baixa; média-baixa; média) e desacelerou para as faixas de renda média-alta e alta.

Para o Ipea, o impacto da alta dos alimentos no domicílio entre as classes mais baixas ocorreu devido ao "o maior percentual deste gasto no orçamento dessas famílias". Já a pressão exercida pelos Transportes foi "mais intensa" para aqueles com renda alta.

Fonte: METRÓPOLES

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