Governo Lula prevê corte de R$ 25,9 bi em 2025; INSS e BPC serão os mais atingidos

31/08/2024
Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo
Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo
Por Revista Formosa


O governo federal detalhou, nesta quarta-feira (28), a revisão de gastos para conseguir fechar as contas em 2025, com foco nos benefícios que são pagos atualmente. Para o ano que vem, a gestão Lula vai cortar R$ 25,9 bilhões.

A revisão que vai gerar mais economia é a do INSS. Só para 2025, o governo prevê uma economia de R$ 7,3 bilhões. A medida vem na esteira da reavaliação de todos os benefícios que estão sendo pagos.

Até agora, só em 2024, o INSS já conseguiu reavaliar 260 mil benefícios. Metade deles já foi cessado, por pagamento indevido. Com a medida, o governo já conseguiu uma economia, até junho deste ano, de R$ 1,3 bilhão. A previsão é conseguir ainda mais cortes até dezembro.

Outra economia é o antigo auxílio-doença. O INSS está fazendo uma reavaliação daqueles benefícios que são pagos por incapacidade e prevê atingir um corte de até R$ 3,2 bilhões no ano que vem.

Outros programas também estão sendo atingidos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a pessoas com deficiência. Neste caso, o governo diz que mais de 3 milhões de benefícios devem ser reavaliados. Com a medida, espera economizar R$ 6,4 bilhões em 2025.

Em relação ao Bolsa Família, a previsão é que o governo consiga reduzir os gastos em até R$ 2,3 bilhões. Gastos pessoais teriam um corte de R$ 2 bilhões, além de R$ 1,1 bilhão com Seguro Defeso e R$ 3,7 bilhões com Proagro.

As medidas fazem parte do esforço para cumprir o arcabouço fiscal. A meta para 2024 e 2025 é zero, com intervalo de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

O secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, Sérgio Firpo, garantiu que a revisão de gastos não vai acabar com benefícios, mas vai garantir que receba apenas quem tem direito a eles.

Governo não vai propor taxação das big techs

Durante coletiva da equipe econômica para detalhar o corte em gastos para o ano que vem, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que o governo não vai propor, no orçamento de 2025, a taxação das grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs.

Ele garantiu, entretanto, que o assunto voltará a ser discutido e que o governo quer, sim, enviar um projeto com a taxação ainda neste ano. Isto porque, apesar de não constar no projeto do orçamento para 2025, o governo ainda pretende, com a aprovação deste projeto, arrecadar mais de R$ 5 bilhões no ano que vem.

Fonte: CBN

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