Governo Bolsonaro conclui obras paradas por décadas
E finalmente a água chegou ao sertão, por meio da transposição do Rio São Francisco. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Regional, o projeto vai beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
O Velho Chico é fonte de vida, trabalho e renda para milhares de pessoas. Com 2830 quilômetros de extensão, o equivalente à distância entre Brasília e Salvador, a Bacia do São Francisco é a terceira maior do Brasil. Vale destacar que serão contempladas 12 comunidades quilombolas, 23 etnias indígenas e nove assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Só reconhece a importância quem aguardou com sacrifícios, e sofrimento, a chegada das águas do Rio São Francisco em suas casas. Em campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a retomar as obras paradas no País, que de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU) correspondia a 14 mil obras paralisadas.
Na ocasião, em entrevista a rádio Jornal do Commercio, Bolsonaro informou que não iniciaria novas obras no Nordeste, pois a transposição do São Francisco é a obra mais importante, e a maior em infraestrutura hídrica do país. Um projeto fundamental no combate à escassez no semiárido Nordestino.
Perseguido diariamente por aqueles que nunca se conformam com a resposta das urnas, e por sua coragem de ir na contramão de todo sistema, ele busca entregar um Brasil bem melhor do que recebeu. "Garantir água para o Nordeste é prioridade para o nosso governo. As águas já chegaram a Pernambuco, Paraíba e Ceará, sem custos para os Estados; e em função das ações do meu governo, chegarão ao Rio Grande do Norte", afirma o presidente.
Adeus carro-pipa
"Eu sei que a chuva é pouca e que o chão é quente, mas tem mão boba enganando a gente secando o verde da irrigação. Não, eu não quero enchentes de caridade, só quero chuva de honestidade molhando as terras do meu sertão", composição de Flávio Leandro, dando voz ao sofrimento do povo nordestino diante de todo descaso de governos anteriores.
A transposição é uma ideia antiga, e de acordo com historiadores surgiu na época do Império por Marco Antônio de Macedo, um intendente da comarca do Crato, no Ceará. Por falta de recursos da engenharia, o projeto não teve segmento. Durante o Século 20 vários governos tentaram levar a ideia a diante, mas sem sucesso. E foi em 2005 que a Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou a captação.
Segundo especialistas, o Projeto Básico para a transposição, que serviu para realizar licitações, foi concluído em 2001. Quando as obras iniciaram em 2007, sem atualização e revisão, acarretou mais atrasos e a previsão final seria em 2015.
O TCU realiza fiscalização nas obras, e nos editais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) desde 2005. Nesse período o Tribunal encontrou muitas irregularidades em projetos, orçamentos e licitações.
Em março de 2015 o Tribunal apresentou relatório com uma visão geral de todos os problemas encontrados, além dos contratos acompanhados. Em dezenas deles, encontrou: projeto básico desconectado com a realidade do local; empresas contratadas sem condições operacionais para tocar a obra; movimento financeiro atípico e licenças ambientais vencidas. Esse quadro revelou a falta de planejamento que só contribuiu para encarecer a obra.
"Desde a concepção do projeto, em 2005, ficou acordado que os Estados assumiriam os custos da operação e manutenção da transposição, o que já deveria ter acontecido. Apesar de termos atendido a todos os pedidos dos governadores na negociação em curso, até hoje os Estados não assumiram a operação. O governo nada cobra pela água que chega a esses Estados. Os governos de Pernambuco e Paraíba, por sua vez, cobram dos usuários uma tarifa pelo consumo dessa água que recebem de graça do Governo Federal", esclarece o presidente.
Água correndo pelos canais
"Bolsonaro trouxe a água para Fortaleza, trouxe a água para a região metropolitana. Isso aqui vai abastecer todos os municípios da região metropolitana. E a gente só tem a agradecer, primeiramente a Deus, e segundo a administração do presidente Bolsonaro, obra dele".
Para o Delegado Cavalcante, deputado estadual do Ceará, a obra concluída na localidade de Timbaúba, município de Horizonte, deve ser divulgada por moralizar a obra pública. Além de trazer para a região tranquilidade hídrica, pois garante que a população, mesmo num período de seca, não sofrerá com a falta d'água.
Ele conta que a obra iniciou em 2007, com previsão de entrega para 2012, mal feita e abandonada só serviu para falcatruas nos governos anteriores. "Não tem o que discutir, é matemático. A esquerda passou 12 anos na embromação, na enrolação e desvio de recurso público. E um cidadão de bem, pega uma obra, com um ano e pouco ele termina, constrói e o benefício? Quatro milhões de pessoas que serão beneficiadas aqui em Fortaleza, região metropolitana", comemora o delegado.
A chegada das águas
Poucos conhecem a dura vida do sertanejo que enfrenta, com força e resiliência, a seca, perda da plantação e morte de seus animais. Quem pode, paga por um balde de água, ou abastece a cisterna executado por carros-pipa, que chegam a demorar semanas para retornar a localidade. A quantidade de água é o que define o dia que tomará banho, lavará roupa, e o principal, quando terá água para beber.
Mesmo em meio a um cenário devastador, tendo em vista que o clima do Nordeste é semiárido, com poucas chuvas, e que são mal distribuídas, seu Amâncio Gonçalves não abandonou o local onde vive desde a infância, no município de Missão Velha, Ceará. Ele relata que durante anos andava 6 km com dois jumentinhos para buscar água em uma pequena cacimba.
Ele traz em seu rosto as marcas do sofrimento de seus 80 anos de luta. Viúvo há dez anos e pai de cinco filhos, seu Amâncio diz viver um sonho, pois sua situação mudou com a chegada das águas da Transposição. E com água encanada em casa, e o trecho emergencial passando dentro do terreno, seu Amâncio está com as árvores com frutos caindo pelo quintal, e voltou a plantar feijão e arroz.
"Agora a gente tem uma novidade grande, o Rio São Francisco correndo aqui no meu terreiro. Água, que eu nunca esperava na vida, estou vendo hoje. A maior felicidade do mundo foi essa água chegar. Nesses 80 anos que eu vivo aqui, estou vivendo essa felicidade. É uma fortuna, uma riqueza, graças a Deus e ao presidente Jair Bolsonaro que trouxe essa água pra nós aqui", afirma seu Amâncio sem esconder a emoção.
Missão Velha fica localizada a 523 km de Fortaleza, e tem cerca de 35 mil habitantes. De acordo com irmão Duda, que vive no sítio Serra da Mãozinha, muitos venderam as terras, rebanho e mudaram de cidade, por conta das dificuldades e falta de água.
"Antes dessa água vir, a gente vivia pelo pipa. Eu tinha minha cacimbinha, tinha pouquinha água mas dava para eu beber. Mas para eu criar um animal precisava tirar da cisterna quando o pipa botava. Agora nós temos outra vida. Nós agradecemos primeiramente ao Todo Poderoso, que é Jesus Cristo de Nazaré. Segundo ao nosso Presidente Bolsonaro", reconhece irmão Duda.
O Cinturão das Águas vai garantir o abastecimento de água para a população do semiárido do Ceará. Esperança para quem vive na região. Para o youtuber Tiago Sampaio é muita satisfação ver o desenvolvimento chegar para o povo nordestino, pois o Brasil conhecia o Nordeste como um local de seca e de muito sofrimento. "Nem parece sertão, está minando água das cabeceiras. Isso é um milagre de Deus a gente ver o sertão desse jeito, passando água em todo local".
Toinha de Caria mostra com alegria a torneira instalada em sua sala. Ela lembra que para ter água em casa buscava longe, ou comprava da vizinha que tem uma cacimba no quintal. Eram de quatro a cinco baldes e ainda faltava.
E Toinha agradece pela água limpa e encanada chegando em sua casa. O que possibilita criar, plantar e tirar o sustento da família. Uma condição de vida digna para a população. "Era difícil, buscava água na cabeça. Agora está bom, água em casa. Obrigada Bolsonaro, nosso Presidente".
As obras não param
De acordo com o Presidente Bolsonaro, mais de 50 mil nordestinos serão alcançados com a implantação de 2.194 novas cisternas. 790 poços serão perfurados chegando a 191 municípios, graças a liberação de mais um recurso. A iniciativa faz parte da estratégia de emancipação dos carros-pipa.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, inaugurou em maio mais uma importante obra em São José da Tapera (AL). O trecho IV do Canal do Sertão Alagoano vai abastecer mais de 113,4 mil pessoas que vivem na região. "Esse é um compromisso com o Nordeste Brasileiro: emancipar a região, propiciando segurança hídrica, ferramenta necessária para o desenvolvimento do Nordeste do Brasil", destaca o ministro.
E as obras de segurança hídrica avançam. O Governo deu início à elaboração do projeto executivo da fase inicial do empreendimento no estado de Sergipe, que compreende os primeiros 50 km da estrutura. O investimento nesta etapa é de R$ 5,9 milhões. O objetivo é atender moradores de comunidades distantes dos centros urbanos. A instalação dos poços será feita após a verificação da viabilidade técnica para o funcionamento da adutora que levará a água às residências.
No início da semana foi liberado as águas do reservatório Muquém para a Barragem Juá, ambas em Floresta-PE. São as águas do Eixo Leste da Transposição do São Francisco beneficiando cerca de 800 propriedades rurais, matando a sede da população e permitindo a irrigação e produção para o pequeno produtor.
O país vive um momento histórico em vários âmbitos, em especial ao entregar obras, antes estagnadas, que atendam a população. O ministro Rogério Marinho afirma que a orientação do presidente logo no primeiro dia de trabalho foi: Olha, o dinheiro é do povo, por favor, procure mover céus e terra para reiniciar obras paralisadas.
Abastecimento de água
Nova Cruz, município no agreste do Rio Grande do Norte é mais uma comunidade com água potável. General Girão Monteiro festejou o poço artesiano perfurado na comunidade Barbaço dos Henriques, que oferece 7200 litros de água por hora. Ele esclarece que o governo Bolsonaro está chegando em uma comunidade onde não havia poços, e que a população local, além da criação, vive do plantio de milho, mandioca e caju.
General Girão reitera sua vontade de trabalhar em benefício da população, e que tem apoio do Presidente e do ministro Rogério Marinho. "A população que vive aqui precisa ser melhor assistida. Esse é mais um compromisso nosso, e que a gente está conseguindo honrar", assegura.
Com Informações Marcia Casali