en-Relatório das Forças Armadas diz que sistema não está isento de código malicioso; Relatório não agradou o TSE

11/11/2022

Por Revista Formosa

O Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quarta-feira, 9, o seu relatório sobre a fiscalização do processo eleitoral brasileiro. No documento de 63 páginas, os militares dizem que o sistema não está isento de um "eventual código malicioso que possa afetar seu funcionamento". 

"Dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento", diz um trecho do relatório. 

No documento, o ministro da Defesa diz, ainda, que os militares não tinham o objetivo de investigar uma eventual fraude no processo eleitoral brasileiro. "Ressalta-se que o trabalho da EFASEV (equipe de fiscalização das Forças Armadas) se restringiu à fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação, não compreendendo outras atividades, como, por exemplo, a manifestação acerca de eventuais indícios de crimes eleitorais", resumiu. 

O comandante das Forças Armadas sugeriu a criação de uma comissão de técnicos de instituições da sociedade para atuar na investigação do funcionamento dos equipamentos. Até o momento o TSE não se pronunciou em relação a esse assunto.

"Em consequência, solicito à Corte Eleitoral atender ao sugerido pelos técnicos militares no sentido de: realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas", escreveu Nogueira. Até o momento o TSE não se pronunciou em relação a esse assunto.

Fraudes, anomalias ou código malicioso são possíveis no atual sistema de votação. Para resolver essa situação, bastaria a equipe técnica das Forças Armadas terem acesso ao código-fonte, entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral não permitiu que os militares tivessem acesso. Segundo especialistas, tendo acesso ao código, seria possível saber a quantidade de fraudes e quantos votos foram transferidos do candidato X para Y.

Os militares entraram na sala cofre apenas com papel e caneta, sem acesso as máquinas do TSE e muito menos aos códigos que contém ou poderia conter código malicioso. Por que o Tribunal Superior Eleitoral proibiu os militares de terem acesso ao código-fonte? Medo de serem presos? Poderia ser descoberto todas as fraudes dessas últimas décadas?

Relatório das Forças Armadas não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas 

Fonte: JOVEM PAN; Revista Formosa; Pleno News; Relatório das Forças Armadas