Curiosidades sobre o Jalapão
Por Revista Formosa
A Região do Jalapão que é centralizada no estado do Tocantins possui 5 unidades de preservação sendo elas o Parque Estadual do Jalapão, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, a APA Serra da Tabatinga, a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e por último a APA Estadual do Jalapão.
Juntas essas cinco unidades de preservação completam um cenário irresistível para os amantes da natureza com 34 mil quilômetros quadrados, tamanho maior que os estados de Sergipe e Alagoas.
A região é conhecida como o Deserto de Água brasileiro pois se trata de uma região com dunas douradas, porém rica em rios, cachoeiras e fervedouros.
Algumas curiosidades
Quantos anos tem o Jalapão?
23 anos. O Parque Estadual do Jalapão foi criado em 12 de janeiro de 2001, pertencendo à categoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Tocantins.
Quais são as principais características do Jalapão?
Neste cenário, destacam-se dunas de areias douradas, com até 30 metros de altura, o que levou o lugar a ser chamado de deserto do Jalapão.
Seria um deserto, se a região não fosse também um paraíso das águas e um lugar onde a presença de flores e animais exóticos salta aos olhos. Um convite à contemplação e à aventura.
Por que o Jalapão tem esse nome?
Um nome bastante apropriado para o que se encontra por essa exuberante região – no caso, natureza de sobra! –, a origem de seu nome vem de uma flor chamada de Jalapa (conhecida também como Jalapa-do-Brasil ou "Chuveirinho"), uma espécie de planta trepadeira nativa que possui propriedades medicinais e terapêuticas.
Os fervedouros guardam um mistério
Os fervedouros do Jalapão são algumas de suas atrações mais populares e é fácil de entender o porquê – são pequenas piscinas naturais com águas quentes e transparentes formadas de uma nascente de um rio subterrâneo, o que as torna pontos perfeitos para banhos relaxantes após as caminhadas.
Em todos eles, existem gases submersos nas águas, que, devido à uma grande pressão, provocam um fenômeno conhecido como ressurgência que impede que as pessoas afundem. Ou seja, mesmo que você não saiba nadar, poderá curtir tranquilamente um banho e flutuação nos fervedouros sem medo e sem ter que fazer esforço algum!
Uma das menores densidades populacionais do Brasil
Não é à toa que o Jalapão ainda é um dos destinos brasileiros mais inexplorados e que sua natureza ainda permaneça tão intacta – além do isolamento de sua localização, a região também possui uma das menores (e há ainda quem diga que é realmente a menor) densidades populacionais de todo o país, com o total de 0,8 pessoas por quilômetro quadrado.
Para se ter uma noção, com o tamanho de sua área (que é imensa), é como se houvesse um único habitante por cada quilômetro quadrado, mas este habitante pode não ser necessariamente uma pessoa e, sim, um animal!
Planta de ouro
O Jalapão é feito da natureza mais selvagem e intocada do Brasil e é disso que os moradores locais vivem também – a principal fonte de renda da maioria de suas comunidades é o capim-dourado, conhecida como a "planta de ouro" graças à sua bela cor dourada, que já virou uma grande tradição e é usado para produzir diversos tipos de peças artesanais que vão desde vasos, cestas e peças de decoração até chapéus, brincos e muito mais.
Águas Cristalinas
O Jalapão é um local de águas abundantes – são inúmeros rios, riachos, poços naturais, cachoeiras e muito mais, mas o fator mais incrível sobre eles é que são tão cristalinos que é possível ver com total clareza seu corpo inteiro debaixo d'água.
A razão pela qual suas águas são tão transparentes desta forma se deve pela presença de areia calcária (ou carbonato de cálcio) ao fundo, uma substância que calcifica qualquer sólido que possa existir na água e o "afunda", permitindo que a água se mantenha sempre limpa e muito clara.
O Fervedouro Bela Vista pode chegar a 35 metros de profundidade
Um dos mais famosos fervedouros do Jalapão é também o maior de todos – com 15 metros de diâmetro e 35 metros de profundidade de águas extremamente cristalinas e incrivelmente azuis, é garantia de um passeio relaxante e imperdível.
E, assim como em todos os outros fervedouros, é impossível de afundar, mesmo sendo tão profundo!
Algumas Cachoeiras no Jalapão:
Apesar de ser conhecido como o "deserto brasileiro", o Jalapão não é exatamente um deserto, e a prova disso é a quantidade de cachoeiras que existem.
Cachoeira da Velha: A maior e mais famosa da região, tem 100 metros de largura e uma queda d'água de 20 metros, formando dois semicírculos. É localizada no Rio Novo com fácil acesso rodoviário de 6km a partir da Fazenda Triago.
Cachoeira Talha do Brejo do Boi: Duas cachoeiras paralelas de 38 metros de altura descem pelos paredões de pedra, formando o mesmo rio. Localizada a 63km de Ponte Alta, com acesso pela estrada para Rio da Conceição.
Cachoeira da Fumaça: Com duas grandes quedas, uma de 40 e a outra de 18 metros, forma uma nuvem de vapor d'água que pode ser vista da estrada. Por motivos de segurança, não é permitido chegar perto da cachoeira, mas pode-se banhar em seu poço de águas verde-esmeralda. A 92km de Ponte Alta, também pela estrada para Rio da Conceição.
Cachoeira do Formiga: Apesar de pequena, a queda tem um grande volume de água de tom verde-azulado e é perfeito para banhos, com um poço de aproximadamente 8 metros de diâmetro. É localizada em propriedade particular a 25km.
Comunidades na região do Jalapão abrigam cultura e história do TO
O Jalapão abriga comunidades que conseguiram se desenvolver através da agricultura, do turismo e principalmente do artesanato com capim dourado. Características que formam a história e a cultura do estado.
Cercado pelas principais belezas do Jalapão, a população da comunidade Mumbuca, que fica no município de Mateiros e foi formada por indígenas locas e quilombolas que vieram da Bahia, tira seu sustento do potencial turístico da região e principalmente do artesanato com capim dourado.
A Vila Panambi, comunidade que fica na divisa entre o Tocantins e a Bahia, também faz parte da história da região do Jalapão e já foi motivo de briga na justiça entre os dois estados.
"Com o passar do tempo foi melhorando, fomos conseguindo conquistar espaço aqui, fazendo estradas e nesta ocasião foram vendidas várias áreas e foi o que deu início à chegada do pessoal do sul e isso melhorou a região" conta Abílio Gomes, um dos o primeiros produtores rurais a chegar na vila.
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